quarta-feira, 8 de junho de 2011

A MAIOR PERDA DA VIDA!!



É interessante como temos um olhar diferente para as coisas da vida, dependendo das circunstâncias e momentos em que vivemos...Uma amiga esteve no hospital, com problemas sérios de saúde...O que ela me passou é que são lugares assim que nos dão condições de avaliar a vida de uma forma totalmente diferente daquela que habitualmente fazemos. Encontra-se com muitos rostos (não tão diferentes dos nossos) e, ao olhar para cada um deles, imagina-se as suas histórias, as suas aflições e angústias...chegam e partem e não fica-se sabendo se encontraram as suas respostas ou tiveram a chance de olhar para a vida de um modo diferente! Ela disse que encontrou com uma moça que tinha acabado de saber pelos médicos que a sua vida estava chegando ao fim. Lágrimas, desespero, medo, raiva...E ai ficou pensando na sua vida e com o tempo que resta...

Por que as fichas caem apenas nessas horas? É preciso confrontar a vida com a morte para poder redescobri-la tão preciosa? Não precisamos ir tão longe para saber que tudo tem a sua hora de começar e acabar. Pode até não ser como e quando gostaríamos, mas se olhássemos para todos os instantes como sendo os últimos, quem sabe não viveríamos com mais prudência, intensidade ou vontade?  Por que esperar que a morte bata na nossa porta ou na do nosso vizinho para percebermos o quanto amamos a vida e estamos dispostos a lutar por ela com todas as nossas forças? Vivemos no improviso, confiando ao tempo as nossas próprias responsabilidades...Se soubéssemos quanto tempo ainda nos resta, talvez, faríamos tudo diferente e quem sabe ligaríamos mais aos amigos; abraçaríamos todos aqueles que amamos; passaríamos mais tempo com nossa família; amaríamos mais... Não cometeríamos tantas mazelas, confiando no tempo para reparar os erros cometidos; não pouparíamos esforços e seríamos mais humildes para buscar o verdadeiro perdão daqueles que magoamos...Pouco sabemos sobre nós mesmos...Estamos todos mais ou menos doentes e condenados! Mas vamos lembrar que no dia de hoje ainda podemos respirar e amar...

Refleti muito sobre o relato dessa amiga...daí pude perceber a minha própria vida, pois através da vida (e da morte iminente) dos outros, enxerguei o meu próprio tempo. O que eu farei com ele depende apenas de mim...A morte, nesse momento, para mim, é apenas um sussurro na minha consciência, me despertando para a vida!

“A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.”

(Pablo Picasso)

BEIJAUUUMMM

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