domingo, 1 de maio de 2011

ESTRADAS DA VIDA



Você me faz correr atrás do horizonte desta highway...
Tem músicas que marcam gerações e corações, essa é uma!
Um tempo que foi e volta assim, em pensamento...
Essa geração de mulheres que cresceu comigo ouvindo essas canções era ligada no futuro, precisávamos correr demais os riscos da highway, nós sabíamos aonde íamos e nós só precisávamos ir, mas com motivos e objetivos. 
Por que pra essa geração a infinita highway, era só o começo...
Essa música de Humberto Gessinger em uma letra que traz inúmeras reflexões filosóficas. Foi um grande sucesso no final da década de 1980 e influenciou a vida de milhares de jovens brasileiros.
Para iniciar é bom tentar compreender o significado do título da canção: "infinita highway" que indica a não terminalidade da estrada da vida devido à grande amplitude de experiências que ela pode nos proporcionar, caso estejamos dispostos a vivê-la com intensidade.
Já no princípio da letra "correr demais os riscos desta highway" e "correr atrás do horizonte desta highway" são momentos emblemáticos, afinal de contas vida sem risco é uma vida sem sal e vazia, que torna a nossa existência sem sentido. Por outro lado o horizonte é aquele lugar onde nunca se chega, sempre está mais a frente, a ser alcançado, algo a ser vislumbrado mais adiante, é o que se pode chamar de plena felicidade, realização plena talvez, e essa nossa busca é incessante e insaciável ao longo de nossa existência.
A vida não é algo automatizado, previsível, pragmático não para quem quer viver de verdade. É quase como um vôo no escuro, cheio de perigos, repleto de riscos, no entanto o benefício daquilo que aprendemos e vivemos no caminho é muito maior.

Sei que algumas frases são difíceis de entender, mas acho que pra começar a tentar entender o que a letra quer dizer, temos que entender o que a vida pode proporcionar se resolvermos viver...e não simplesmente deixar ela passar.

Vida sem risco não é vida. É tv com controle remoto na mão. Já o horizonte é aquele lugar onde nunca se chega, sempre está mais a frente, a ser alcançado. É como o que denominam "felicidade". Se quer, a gente busca, mas quando chega, o horizonte está mais adiante. Não há fim nesta busca.


“Estamos sós e nenhum de nós / Sabe exatamente onde vai parar / Mas não precisamos saber pra onde vamos Nós só precisamos ir / Não queremos ter o que não temos / Nós só queremos viver”. A vida não é algo automatizado, previsível... não para quem quer viver de verdade. É quase como um vôo cego, com perigos, riscos e o benefício daquilo que aprendemos e vivemos no caminho.
 
“Quando eu vivia e morria na cidade / Eu não tinha nada, nada a temer / Mas eu tinha medo, medo desta estrada...” Viver e morrer na cidade. Estar ali e morrer por odiar a vida que se leva, regrada, aceita. Uma vida boa (posses, talvez, segurança...), nada a temer. Mas tinha medo da estrada, tinha medo da vida em si, do que ela pode representar e em sua vida-morte social não se tem coragem de experimentar.
 
“Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor / Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava...” Sempre faltará algo àqueles que questionam, que preferem a dádiva da dúvida à dívida do óbvio. O horizonte nunca está no lugar, parado.
 
“Me diga, garota / Será a estrada uma prisão? / Eu acho que sim / você finge que não”. Nem todo mundo entende aqueles que preferem as dúvidas às respostas. E ele pergunta: a vida é uma prisão? Acho que sim... a garota finge que não. Talvez finja porque se acostumou à vidinha normal de quase todos. Ou talvez nem finja, simplesmente não tenha nível para compreender a filosofia da vida. Mas quem prefere a dúvida, não concebe que os outros não enxerguem, então acha que estão fingindo não ver.
 
“Eu posso estar completamente enganado / Posso estar correndo pro lado errado”... “Mas a dúvida é o preço da pureza / E é inútil ter certeza”. A dúvida é o preço da pureza porque nos faz buscar mais, duvidar mais, adquirir mais experiências e ver que não há pureza... e de que adianta ter certeza? Talvez só nos feche os olhos e nos amoleça para não mais buscar. Adoooro essa parte...

E para finalizar: 110, 120, 160... pisar fundo na busca...afinal, viver é preciso. E nessa busca tentar aprender e valorizar cada momento da vida...
Beijaummmmmmmmm

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo BLOG. Contém excelentes informações, assuntos variados de interesse de todos.
Severo